Quando a ficha caiu
Comprei um vinho para você. Nunca te perguntei se você preferia vinho seco ou suave, mas escolhi uma embalagem bonita no supermercado, que me lembrava um pouquinho você.
Aproveitei e comprei os ingredientes para fazer aquele risotto que você falou que estava louco para provar quando te enviei a receita, alguns dias atrás.
Percorri o setor de hortifruti em um grande debate comigo mesma sobre se eu deveria deixar a comida pronta pra quando te encontrasse ou se deveríamos arriscar o piegas de cozinhar juntos, já criando todo o cenário e imaginando os beijos roubados.
Te escrevi assim que cheguei em casa, confirmando o horário que tínhamos combinado.
E a conversa morreu ali.
Nem um "oi, desculpa, não vai dar."
Eu sequer consegui me decepcionar. Você sempre fazia isso, não...