Amores estrela cadente

Foi amor. E passou. Rápido como estrela cadente. Tão lindo quanto, se quer saber. Mas eu posso jurar de pés juntos que foi amor. E não, não me venha com esses julgamentos porque eu não sou tola de ver amor onde não tem. 

O mundo que é tolo de achar que amor só se apresenta em forma de infinito. Que amor só serve se for bonito. Mas não bonito de essência, bonito de me-faz-feliz-pra-sempre-ou-não-é-amor.

O mundo que tem essa coisa boba de achar que amor pra ser amor tem que durar tempo suficiente pra rimar com dor. Eu não, Deus me livre.

Eu gosto desses amores estrela cadente.

Que vem e vão. Vão e vem.

E sempre que vem, fazem bem.

Eles chegam, aconchegam, aceleram o coração, distribuem beijos, carinhos, carícias e provocam arrepios por onde quer que passe a mão. É desejo no olhar, romance no ar. E assim como chegam, vão embora. Antes de causar estrago. Bem antes do estardalhaço.

Duram o tempo certo pra virar lembrança boa. Pra gente guardar num cantinho bonito a imagem daquela pessoa. Duram o tempo certo pra virar poema brega, daqueles que insistem em não rimar durante as conversas afoitas na mesa do bar. 

Eles duram o tempo certo pra ser bonito para aqueles que já aprenderam a não buscar o infinito.

E vêm sem aviso prévio ou carta de apresentação. Quando vêm, entram tão rápido como é o som. E que sinfonia eles fazem. Uma mistura de suspiros e gemidos que faz um bem danado pro nosso coração. É amor sem preconceito, é amor livre de rótulos.

E eles tão sempre por aí, esperando uma chance para serem belos.

Estão nas esquinas da vida, nas filas do supermercado e até nas paradas no caminho do trabalho. Estão nas mensagens enviadas no meio da madrugada. 

Estão aí até para as pessoas mais desacreditas dessa história de breves amores. 

E pode ser que confundam com paixão, descaso ou quem sabe ainda com um simples lance.

Mas na letra da pessoa certa, é amor. É prazer, também. É descoberta. É romance. É paixão.

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