Não escreva sobre mim
Você me pediu, ou quem sabe exigiu seja o termo mais adequado, que eu não escrevesse mais sobre você. Revogando a permissão que tinha me concedido poucos dias antes de poder eternizar seja lá o pouco que tivemos em crônicas mal contadas sobre nós dois.
Nunca entendi direito a sua reação. Foi para me magoar? Ou foi pra se proteger? Ou nenhum? Quem sabe tenha sido apenas para satisfazer seu próprio ego naquela situação e eu que fico procurando sinais demais onde nunca existiu nada.
Ah, esses sinais. Essas possibilidades. Inúmeras.
Nunca fui boa em lidar com elas, sabe? Eu crio tantos cenários e diálogos na minha cabeça que essa única noite poderia ser uma vida inteira de tantos roteiros que criei e tantas formas que interpretei. Mas no fim, nada disso importa, não ...