Eu sei, já está clichê falar sobre isso. Já tá clichê o termo responsabilidade afetiva. Já tá todo mundo cansado de falar disso, mas o que eu posso dizer? Eu sempre fui fã dos clichês mesmo.
Assuntos clichês também merecem uma conversa sincera e uns bons minutos de reflexão, não tenho um blog de textos de amor atoa, não é mesmo
E com certeza, responsabilidade afetiva é um desses clichês que valem nosso tempo é a tal da responsabilidade afetiva.
Uma conversa sobre o que é responsabilidade afetiva
Quando a gente fala e ouve sobre responsabilidade afetiva, é importante lembrar que ela não é sobre se manter numa situação que te magoe pra não magoar outra pessoa.
Não é sobre deixar seus próprios sentimentos em segundo plano. Nem sobre se sentir obrigado a permanecer na vida de alguém que já não te faz tão bem.
Responsabilidade afetiva não é sobre situações desconfortáveis, como tanto discurso por aí tem tentado fazer parecer.
Ter e praticar responsabilidade afetiva é sobre ser sincero com a outra pessoa sobre seus sentimentos. Desde o começo.
Respeite os sentimentos
Porque no fim, responsabilidade afetiva é principalmente sobre respeitar sentimentos: tanto os do outro quanto os seus.
Sobre deixar egoísmos de lado e expor inseguranças na mesa. É sobre se abrir para o diálogo e aprender a expor desde os pequenos detalhes que incomodam até aquelas atitudes que magoam.
Sobre ter ciência que a outra pessoa também tem inseguranças e que coisas que você considera bobas podem ser grandes para ela.
É sobre não depositar e projetar em cima do outro, sem avisos prévios, suas próprias inseguranças, seus medos e seus traumas.
É sobre não deixar de conversar sobre essas situações, pra evitar que qualquer lado se magoe, seja você por projetar algo que te assusta, seja o outro por ficar sem entender.
Responsabilidade afetiva é sobre não abandonar o barco sem a menor explicação.
Mas e como agir quando não estamos mais confortáveis na relação?
Não tem nada de errado deixar de se sentir confortável numa relação, deixar de gostar de alguém ou simplesmente não corresponder aos sentimentos que outra pessoa nutre por você.
Mas ignorar que esse sentimento existe do outro lado e agir como se não fosse nada, sumir sem explicar… chega a ser um tanto cruel.
Pensar no sentimento do outro, conversar, explicar e pensar antes de tomar atitudes que possam magoar alguém que sinceramente gosta de você não custa nada.
Pelo contrário, faz bem pro coração saber que você não é um babaca com quem se importa com você.
Porque responsabilidade afetiva é tanto sobre não ser babaca com a outra pessoa quanto sobre não ser babaca consigo mesmo. Magoar outrém nos magoa também, mesmo que não diretamente.
Entrar na vida de alguém sempre vai ter consequências. A gente torce sempre pra que no saldo final as consequências boas sejam maiores que as ruins, mas se relacionar com alguém é estar sujeito a se magoar (e magoar também) em algum momento.
É estar disposto a conhecer um mundo completamente novo pra você, onde vários detalhes não vão ser como o esperado.
É estar disposto a lidar com as diferenças, com problemas, com as dificuldades que vão aparecer. Porque elas vão aparecer. Com qualquer pessoa.
Pessoas são complicadas. E se já somos tão complicados por si só, pra que se fechar e dificultar ainda mais as coisas?
Seja responsável com você e com os outros
Seja responsável com os sentimentos dos outros e com os seus próprios sentimentos, também. Respeite o que você sente sem deixar a outra pessoa num limbo, sem saber o que está acontecendo. A melhor forma de facilitar a vida é conversando sobre as situações. É explanando o que sentimos.
Quer ler mais sobre assuntos clichês e textos de amor?
Acesse mais conteúdos autorais do nosso blog de textos de amor. E se quiser saber mais sobre como praticar responsabilidade afetiva, recomendo o artigo do blog Psicologia Dockhorn.
Amei você trazer a responsabilidade afetiva como ser sincero, nunca havia analisado por esse lado e é super real.
Na conversa e dialogo aberto tudo se resolve, ninguém precisa se privar/reprimir para não magoar o outro.
Adorei o seu texto sobre responsabilidade afetiva, até parece que isso é somente sobre relacionamento amorosos mas não é não conversar com um amigo sobre coisas chatas que aconteceram é muito importante, não é legal simplesmente sumir… deixar o seu amigo explicar o que aconteceu, e quem sabe reatar os laços fortes desta amizade, né?
Mas alguém pode até pensar “mas rapaz vou nada lá chamar para conversar – e se eu levar um fora de cara? O relacionamento não tá tão bom…” então que tal enviar um mimo ou flores com um cartãozinho com uma mensagem: “Gosto muito de você, bora conversar? Estou online no Whatsapp seu contato 🥰” Tenho certeza que a resposta vai ser “sim” e se for “não” pelo menos você dorme tranquilo pois tentou refazer uma amizade ou relacionamento.
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Tem uma cena no final de "Capitão Fantástico" que me marcou muito e pra mim resume essa parada da responsabilidade afetiva. Ele olha pro filho mais velhos, que tá prestes a viver uma jornada e diz que quando ele for fazer sexo com uma mulher deve tratá-la com respeito e dignidade, mesmo que não a ame. e que deve ser sempre sincero.
Acho que ele disse tudo num exemplo só. Essas palavras falam sobre respeitar os próprios sentimentos (vai lá, transa se quiser, mesmo que sem amor) e o do outro (mas é pra tratar essa pessoa como uma pessoa e não como um lixo)! A gente tá acostumado a achar que não pode demonstrar o que sente, que não pode ceder NUNCA, que tudo a ser fraco, mas na verdade dá pra equilibrar tudo quando se trata da relação entre duas pessoas. é só tentar!